
Na abertura de seu pronunciamento, Mantovani destaca a data como sendo mais do que um feriado, mas um momento de exaltar o espírito de solidariedade, de ação unitária e coletiva e de patriotismo ao povo gaúcho. “Foi ouvindo as narrativas dos feitos deste decênio heróico, que cedo aprendi a amar esta terra, não apenas como um espaço geográfico, e não somente como uma circunscrição administrativa, ou por suas potencialidades naturais, materiais e humanas, aprendi a amá-la e respeitá-la como uma terra única e diversa de todas as demais”.
Mantovani destacou que somente no Rio Grande do Sul poderia ter origem uma guerra que não se travou por ambições mesquinhas, mas por ideais, onde homens e mulheres ardentemente devotados a uma causa, entregaram uma década inteira de suas vidas a sua defesa. “Só no Rio Grande do Sul os princípios da República e da Federação encontrariam ações capazes de sustentá-los ainda que com o sacrifício de suas próprias vidas. Foi nestas lições que entendi, a partir do momento que comecei a ter consciência, dos fatos sociais e políticos – meu amor por essa querência, minha admiração por seu passado e minha absoluta crença no seu futuro”.
“A Revolução foi um momento de construção e afirmação dos princípios econômicos, sociais e políticos e culturais que orientam a sociedade gaúcha até hoje. Foi determinante para a definição do perfil da mulher gaúcha, que no rigor da Guerra destacou-se pela determinação, iniciativa e coragem. Além daqueles que participaram diretamente da Revolução, milhares de mulheres, na ausência dos homens, deslocados para a guerra passaram a responder integralmente pelas atividades produtivas, pelas questões sociais, pela administração das propriedades e pala educação da família. A Revolução não teria sucesso sem a participação heróica dessas anônimas mulheres”.

“Se entendemos os atos dos heróis dessas façanhas, certamente teremos motivação para fazer de nossas vidas algo mais do que apenas buscar o bem estar individual, entendendo que o sucesso de um homem não será jamais, apenas o seu desenvolvimento material. Não devemos e nem podemos esquecer nossas raízes, a nossa história, esquecer de quem nos precedeu”, finalizou.
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