quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fui eleito para ser vereador de Erechim e não do prefeito ou de qualquer grupo político desta cidade


O clima ficou tenso na última sessão da Câmara durante a discussão do projeto que autorizou o Poder Executivo a contratar, em caráter temporário, 40 orientadores e 04 supervisores do Estacionamento Rotativo Pago. Projeto entrou em caráter de urgência urgentíssima, em decorrência da suspensão judicial do contrato 433/2010 assinado pelo atual governo de Erechim.

O vereador José Rodolfo Mantovani (PP), cobrou explicações do prefeito municipal em relação ao direcionamento do edital apontado pela justiça que resultou na contratação da Organização Vida Nova, porém votou favorável ao projeto em consideração às funcionárias e comunidade de Erechim. “Quero dizer que sou favorável a resolvermos mais este problema gerado pelo Governo de Oportunidades. As trabalhadoras que realizam o serviço, nem tão pouco a comunidade erechinense tem culpa das trapalhadas da atual administração. Votarei favorável ao projeto, mas esta Casa Legislativa e a população de nossa cidade precisam de respostas do prefeito municipal. Ele precisa explicar o porquê deste apontamento judicial na contratação da Organização Vida Nova, para realizar o serviço na Área Azul.”
De acordo com o parlamentar os vereadores da base governista e a prefeitura municipal foram alertados em 2010 sobre o problema. “No ano passado, aqui nesta tribuna, alertamos sobre o contrato com esta OSCIP e, como de costume, não fomos ouvidos, até tentaram nos desacreditar. Agora, diante de decisão judicial, o contrato 433/2010 foi suspenso, pois era dirigido especificamente a Organização Vida Nova. Não é este vereador que esta dizendo isso agora, é o Juiz Luis Gustavo Zanella Piccinin, que enfatiza ainda, que o edital fere o princípio da universalidade, impessoalidade e da igualdade de condições entre os licitantes.”
Para Mantovani a questão não encerrou com a suspensão do contrato. “Nós vamos acompanhar este processo até o final, pois precisamos saber se foi lesivo ao patrimônio e ao interesse público. A concessão trouxe grave prejuízo ao município o que depõe contra a legalidade e a moralidade administrativa. Agora queremos saber como vai ficar a questão penal, pois em tese, segundo despacho do juiz, ouve fraude em licitação, e isso não é brincadeira não, é muito grave. Vou procurar o Ministério Público e o Poder Judiciário para saber deles, o que vai ser feito a partir de agora em relação a mais este caso, que envergonha e constrange a todos nós erechinenses.”
Indagado pelos vereadores da base governista, pelo seu posicionamento forte e muitas vezes duro, Mantovani disse que prefere rasgar o diploma de vereador, a não fiscalizar os atos do executivo. “Eu fui eleito para ser vereador de Erechim e não do prefeito ou de qualquer grupo político desta cidade. Repito: Fui eleito para cuidar dos interesses da cidade e vou cumprir com minha obrigação.”

Um comentário:

marlova disse...

esse é o nosso vereador.....não se vende, não compra, não suborna, não precisa, tem competência...no que depender de mim já tá reeleito!!!!!