terça-feira, 25 de maio de 2010

Mantovani alerta que cedência de funcionário da UFFS para a Prefeitura é constrangedora

Na sessão plenária de segunda-feira (24), o Presidente do Poder Legislativo, vereador José Rodolfo Mantovani (PP), questionou o projeto de lei encaminhado pelo prefeito municipal, que autoriza convênio com a UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus de Erechim, visando a cedência de servidor e a viabilização dos trabalhos de comunicação da Universidade.
Mantovani enfatizou que projeto de tal natureza não pode ser considerado de urgência urgentíssima. “O projeto chegou à Câmara de Vereadores pela manhã, e a pedido da bancada governista entrou na pauta desta noite. Gostaria de perguntar aos senhores vereadores se vocês acreditam que um projeto de cedência de funcionário, deve receber o tratamento de urgência urgentíssima. Vamos refletir senhores.”
O Presidente do Legislativo disse que ficou surpreso com o conteúdo e o mérito do projeto. Segundo ele, a informação é que o servidor cedido estava lotado na prefeitura no Orçamento Participativo, passou no concurso e foi para a UFFS trabalhar como coordenador pedagógico. “Surpreendentemente, cerca de sessenta dias após a sua contratação pela universidade, ele retorna a município. Em troca o município se dispõe a ceder sua assessoria de imprensa para que faça a divulgação da universidade federal. Eu nunca tinha visto isso em minha vida. Trocar um funcionário por serviço, normalmente se troca funcionário por funcionário. E tem mais, a universidade realizou concurso no qual contratou um jornalista, esse profissional não realiza o seu trabalho”.
De acordo com o vereador, fica explícito no projeto o favorecimento, deixando tanto a prefeitura, quanto a universidade e o funcionário numa situação constrangedora. “O cidadão passa num concurso, se demite da prefeitura, garante sua vaga na universidade, na seqüência retorna para a prefeitura porque é ali que gosta de trabalhar. Pergunto aos nobres colegas : Quem vai ocupar a vaga deste servidor na universidade? Não era necessário contratá-lo? Vão chamar o segundo colocado? Vejo neste projeto o oportunismo, e na minha modesta opinião, as partes envolvidas estão numa situação constrangedora. O prefeito municipal e sua equipe de governo que encaminharam o projeto o Reitor da UFFS que aceitou a parceria, e principalmente o funcionário que se submete a esta situação. Se tivesse voto, votaria contra este projeto, pois acredito que precisamos manter a integridade e moralidade no serviço público. É inaceitável que as pessoas usufruam do poder público em benefício próprio.”

Um comentário:

Anônimo disse...

E o indivíduo está de volta à Prefeitura, Mantovani! Como que tu deixou isso acontecer, meu amigo??? E a questão dos gastos na gráficas da 'família', como é que ficou??? Fica na luta, Mantovani! Se tu desistir, eles nem peneira vão usar mais para tapar o sol e disfarçar as negociatas...: (